12/24/2010

Galeria de fotos Wisconsin Dells

12/15/2010

Perguntas e dicas sobre o work and travel

Dezembro é o mês que a galera do Work and Travel está embarcando para os EUA. É normal que nessa época comecem a surgir dúvidas a respeito do intercâmbio. Prova disso foi o tanto de e-mails que recebi de amigos, leitores e até de mães de participantes no último mês. Logo, nada mais justo do que responder algumas dessas dúvidas aqui no blog, para todos lerem.
O inglês foi um problema para você se virar?
Essa resposta é muito relativa, pois dependerá do tipo de trabalho que você desempenhará. Para quem está com medo do seu inglês, aquele tipo safado que não sabe usar tempo verbal e auxiliares haha, não precisa se preocupar muito: o problema do Work and Travel é que ele é um intercâmbio que não permite que seus participantes falem muito, nem inglês e nem português hehe. Isso nenhuma agência te dirá, mas você provavelmente trabalhará com muitos latinos que falam mal o inglês. As vezes eu ia no supermercado ou no outlet não porque precisa comprar, mas porque queria praticar a língua. Aproveitei o turismo também para praticar, pois tinha que falar com a recepção do hostel ou pedir informação toda hora.
Medo de embarcar sozinho: recebi uns 2 e-mails de pessoas que estão indo sem os amigos para o intercâmbio, mas que não querem viajar sozinhos. Esse foi o meu caso. Como a maioria das pessoas embarcam em dezembro, pedi para a minha agência marcar minha passagem no mesmo vôo de algum outro participante que ia para o mesmo lugar. Achei 2 meninos que embarcariam numa data boa para mim e fomos no mesmo vôo. Como não nos conhecíamos, combinamos um ponto de encontro no aeroporto de Garulhos. Fizemos a escala e passamos na imigração juntos, além disso eles me ajudaram com minhas malas hehe.
Onde comprar casacos em Wisconsin Dells?
A cidade tem um ótimo outlet, atrás do restaurante Bufalo´s, perto do Burger King. Tem muitas lojas e preços baratos. Comprei muita coisa na American Eagle, Adidas, GAP e Aeropostale, desde cachecol até casacos pesados. Quem for morar na cidade, compre tudo o que tiver vontade nesse outlet. Depois que sai no mochilão, vi como as coisas lá eram baratas, até mais que Miami.
Onde comprar produtos eletrônicos? O lugar mais recomendado para comprar eletrônicos nos EUA é nas lojas Best Buy. Tem uma ótima em Miami, perto do Dolphin Mall outlet. Para quem vai para Wisconsin, a de Madison também é muito boa. Comprei uma Nikon lá muito barata. O Walmart também tem muitos produtos eletrônicos e as vezes é até mais barato que a Best Buy, vale pesquisar.
Consigo andar de tênis na neve?
Bom, se não for um all star, você consegue, mas não é indicado, já que o tênis começa a encharcar, deixando seu pé molhado. Isso com certeza não deve ser bom. Mas como disse em um post passado, independente do lugar do país que você for, o Walmart salvará a sua vida. Lá existem vários modelos de botas de neve. O preço também é barato, cerca de uns 50 dólares. Outra opção são as galochas. Eu comprei uma na loja da GAP por 20 dólares. Entre galocha e botas de neve, eu prefiro as botas, que são mais confortáveis e quentinhas.
Duas mães me perguntaram se existe igrejas em Wisconsin Dells. Lembro de ter visto uma igreja católica na parte downtown da cidade, perto do restaurante/balada Carvelli´s (já comentei dessa balada em um post). Quanto a outras religiões, não sei dizer. Já em Chicago, lembro de ter visto muita igreja, todas lindas.
Também me perguntaram muito a respeito da empresa que fez meu intercâmbio e da relação do participante com o agente depois de embarcar. Essas questões repondo no próximo post.
Ótima viagem para quem ainda não embarcou e bom intercâmbio para quem já esta lá!

12/04/2010

Turismo em Las Vegas - os cassinos

Vou reservar esse post só para falar dos cassinos fantásticos do lugar. Para ser mais específica, falarei dos localizados na avenida mais badalada de cidade, a Las Vegas Boulevard, também conhecida como Strip. Aliás, a dica é se hospedar ou na Strip ou ao seu redor, mas que dê para ir a pé até ela. A Tropicana Avenue, por exemplo, é um ótimo lugar.
É na Strip (entenda Strip como um trecho da Las Vegas Boulevard onde se encontram os maiores cassinos e hotéis da cidade) que estará quase que todo o seu turismo. Prepare-se para andá-la de ponta a ponta e sem carro, porque dirigir lá é complicado.
Por falar em ponta a ponta, a entrada da Strip é marcada pelo famoso letreiro de Las Vegas (não tirar foto lá é pecado!). Na ponta oposta, norte, fica o hotel-cassino Stratosphere, que merece atenção pela sua torre, a mais alta torre de observação dos EUA. Tem uns brinquedos radicais nessa torre, bem legal. O lugar tem quartos com preços acessíveis, vale a pena dar uma olhada.
Os cassinos que mais gostei, no entanto, foram os que reproduziam cidades famosas. Amei o The Venetian, um hotel-cassino cercado de água e de barqueiros nas suas Gôndolas. Outro que reproduz com perfeição uma cidade é o Paris, que fica mais lindo à noite, quando se ilumina. O lugar tem a Torre Eiffel, Arco do Triunfo e até a Fontaine des Mers, onde as pessoas jogam moedas. A fachada trás elementos do Louvre e da Ópera de Paris.
O Egito Antigo também está em Las Vegas, no hotel-cassino Luxor. O lugar é exuberante. O hotel é construído em forma de pirâmide, todo espelhado, e com um esfinge enorme na entrada. Ainda na história, a cidade também abriga o complexo Caesars Palace, o Palácio de César, que reproduz o Império Romano. Foi lá que o filme Se Beber não Case foi filmado. Outro hotel-cassino inacreditável é o New York, New York. O lugar tem uma réplica da Estátua da Liberdade e da Ponte do Brooklyn, além de vários prédios e uma enorme montanha russa na fachada.
Também tem parada obrigatória o MGM Grand, onde é filmado o CSI LV e onde foi gravado o filme 11 Homens e 1 Segredo. O Bellagio também já foi palco de vários filmes e é maravilhoso, principalmente por dentro, abrigando uma enorme estufa temática. A recepção é cheia de flores de vidro que brotam do teto. Excalibur, Monte Carlo, Treasure Island e Planet Hollywood são outros que merecem uma passada!
Vale dizer que todo turista pode entrar para conhecer os hotéis e cassinos, de graça. Eu cheguei a andar por vários corredores do Caesars Palace para ver a arquitetura do lugar. Os jardins e piscina, no entanto, são reservados aos hóspedes.

11/27/2010

Turismo: De Milwaukee a Las Vegas

Eu poderia ficar um ano aqui escrevendo sobre Las Vegas, de tanto que eu amei essa cidade! Por isso, vou dividir em alguns posts...
Vamos começar pelo caminho até Nevada. Se você estiver morando em Wisconsin Dells, pode ir pelo aeroporto de Madison, Miwaukee ou até Chicago. O fácil pra gente, no entanto, foi de Milwaukee. Pegamos um trem, o Amtrak, de Wisconsin Dells até Milwaukee. Da estação até o aeroporto tem um trem direto, só para passageiros das empresas aéreas.
Apesar de ser bem longe, também dá para ir de carro. Essa road trip, aliás, é uma das mais famosas do mundo: a Rota 66. Ela vai de Chicago, Illinois, até Santa Mônica, Califórnia, totalizando 3.755km. Para quem vai de avião, eu voei pela South West. A viagem dura cerca de 2h e meia e, comprada com antecedência, dá para pagar uns 100 dólares. Pegamos propositalmente um voo que chegasse à noite. Vai por mim, a vista lá de cima da cidade iluminada é incrível!
Aliá, Las Vegas é toda incrível. Ela é literalmente no meio do nada, pois é toda cercada por desertos. O mais legal é que à noite, todas as montanhas que cercam a cidade desaparecem no escuro. Já de dia, dá para ter uma vista até das montanhas mais altas, a quilômetros de distância. A paisagem é de emocionar. O ponto negativo, no entanto, é que, por ser deserto, a,temperatura
durante o dia é quente, já à noite é muito fria. O jeito é sair do hostel sempre de mochila pra carregar um casaco bem pesado lá dentro.
E quando falamos em Las Vegas, não tem como não pensar em dinheiro. Fiquei muito preocupada, imaginando que o meu money ficaria todo lá haha! Mas me enganei, já que esse foi o turismo mais barato que fiz nos EUA. As lembrancinhas são baratas (dá para comprar por uns 5 dólares os baralhos usados nos cassinos famosos), tem um fast food a cada esquina e tem bastante atração turística de graça ou até uns 25 dólares.
Outro ponto forte da cidade é que existem hoteis e hostels de todos os preços. O meu foi um dos mais baratos da cidade, o hostel Wild Wild West Casino. Fizemos uma reserva pelo site e tivemos que depositar 10% do valor da diária por garantia. É seguro. Ficamos em um quarto pra 3 pessoas (na verdade é um quarto com 1 banheiro e 2 camas de casal). Dava umas meia hora de caminhada até a Las Vegas Boulevard, a rua dos cassinos. A diária não chegou a 15 dólares por pessoa, muito barato.
Quanto aos pontos turísticos e o que fazer em Las Vegas, reservo para o próximo post, porque ainda tem muita conversa!

11/23/2010

Turismo: De Wisconsin a Chicago, The Windy Cidy

Assim é conhecida Chicago, The Windy City, ou A Cidade dos Ventos. Localizada a poucas horas de Wisconsin Dells, a metrópole de Illinois foi a primeira que conheci quando pude viajar pelos EUA.
Apesar de ser a 3ª maior cidade do país, em nenhum momento me senti como se estivesse andando por São Paulo. Chicago tem algo diferente das outras metróploes. Mesmo com todos os enormes prédios tampando o céu, parece que tudo foi muito bem planejado na sua arquitetura central, que também é muito imponente. Só para ter noção, os primeiros edifícios do mundo foram construídos no centro financeiro de Chicago.
Falando em edifícios, é lá que está localizado o prédio mais alto dos EUA, a Willis Tower. A construção é ponto turístico. Para entrar, é cobrado do turista cerca de 16 dólares. Eu fui e adorei. Do alto dos seus 110 andares, dá para ver toda a extensão da cidade, emoldurada pelas margens dos Grandes Lagos. Com a ajuda de binóculos, dá para ver até os 4 estados vizinhos. O mais legal, porém, é o chão de vidro do alto da torre, que as pessoas deitam nele pra tirar fotos como se tivessem flutuando sobre a cidade.
Outro ponto turístico que vale a pena visitar é o Navy Pier, o enorme pier as margens do Lago Michigan. Nele dá para ter noção porque que a região é chamada de Grandes Lagos. Como fui em janeiro, o lago estava congelado e os navios atracados. Além disso, quase morri congelada com os ventos fortes, mas valeu muito a visita. O lugar também tem uma roda gigante (que eu acho que funciona só no verão), lojinhas, obras de arte e restaurantes.
Millenium Park é outro ponto obrigatório. Localizado na avenida Michigan, área comercial cheia de lojas e boutiques, Millenium é um parque a céu aberto com várias obras, como a bola prateada. O lugar também um legal ring de patinação.
Como fui na primeira semana de janeiro, a cidade estava toda branca da neve e um frio de matar! Por isso, para se aquecer, para quem gosta de esporte, dá para assistir uma partida do Chicago Bulls (Basquete), Chicago Bears (Futebol americano) e Chicago Cubs (Baisebol).
Para me hospedar, escolhi o Chicago Getaway Hostel, vulgo albergue haha, com direito a café da manhã. Fica a dica.

11/07/2010

Meios de transporte nos EUA

Amtrak
, Greyhound...se você vai passar uma temporada nos EUA, é bom ir se acostumando com essas palavras.
Vamos começar pelo Amtrak. Esse é o nome do trem dos EUA. Esse serviço te leva para qualquer lugar do país. Só para
ter noção, um amigo foi de Wisconsin Dells até Nova York de Amtrak! O trem é lindo, confortável e sempre dá para fazer amizade durante a viagem na cantina do local. Por falar em comida, o lugar reservado para comer é lindo! Com mesas e poltronas azuis, esse vagão tem teto de vidro, oferecendo uma vista completa da viagem.
Quanto aos pontos negativos, o preço do Amtrak não é tão barato. Além disso, algumas cidades do interior não tem estação que venda passagem. Você tem que ligar em uma espécie de 0800 e se virar com a gravação. Conseguido entender, será fornecido um número de embarque para você fornecer na porta do trem. A coisa boa é que você pagará só quando estiver já dentro do trem, para o comissário.
Quem vai para Wisconsin Dells, pode se preparar para enfrentar a tal ligação, já que não tem a venda de passagem na cidade. Mas realmente vale a pena ir de Amtrak para Chicago ou Milwaukee (tem a cervejaria de WI) se você não tiver uma ride ou um carro.
Também tem como comprar o ticket pelo site www.amtrak.com. Para isso, você precisará de um cartão de crédito e de tempo. Comprar o ticket pela rede é para aqueles que tem, no mínimo, uns 10 dias antes da viagem, já que a passagem será enviada por correio para a sua casa. O site é super seguro, pode comprar sem medo.
Outro meio de transporte interno é o Greyhound, os ônibus de linha do país. Já vou logo avisando que tive uma das piores experiências nesse ônibus haha! Esse transporte é bem mais barato e funciona no país todo. O problema é que você só pode levar uma mala de graça. Se quiser levar mais, sai $10 por mala! caro, não faz isso não...
Eu usei o Greyhound para ir de Las Vegas até Los Angeles. Além de ter gastado um dinheirão com táxi, já que as estações do Greyhound são bem afastadas, passei nervoso com a bagagem e a viagem foi muito desconfortável. A coisa boa foi que passei pelos desertos de Nevada, uma vista linda.
Por último, avião. Esse é a melhor opção para vários destinos. É só você se programar e comprar a passagem com um mês de antecedência que não sai caro. Eu utilizei o avião para ir de Chicago até Las Vegas e depois para ir de Los Angeles até Miami. Ou seja, cortei o país voando. Comprei todos os tickets pelo www.cheaptickets.com, um site super seguro. É só anotar o ticket number e fazer o check in no aeroporto.

11/01/2010

Embarcar para Winsconsin Dells

Vai dar trabalho! haha...Mas vamos começar pelo trajeto internacional. Existem alguns enormes aeroportos nos EUA que servem para receber vôos estrangeiros e redireciona-los para os seus destinos finais, as chamadas escalas. Um desses grandes terminais é o Miami International Airport, o MIA. Se você está vindo da América do Sul, provavelmente sua escala será em Miami.
Para ir para Wis Dells, você terá que comprar uma passagem de São Paulo-Miami e Miami-Chicago. Você passará pela entrevista da alfândega em Miami, onde eles poderão negar sua entrada no país. No MIA, quase todo mundo fala em espanhol. Os agentes da Polícia Federal geralmente perguntam qual o seu destino final, quanto tempo ficará no país e qual a finalidade da viagem. Pedem o endereço em que você ficará e carimbam o seu passaporte. O seu passaporte, por sua vez, deverá ter uma folha solta que foi preenchida durante o visto.
Atenção para a escala: antes de embarcar, ainda aqui no Brasil, dê uma passadinha no guichê da sua companhia aérea e pergunte se terá que fazer o check in das malas novamente no MIA. Se a resposta for positiva, você terá que, depois da Polícia Fed, buscar suas malas na esteira e embarcá-las novamente no guichê da sua companhia. É por isso que é necessário comprar a passagem para Chicago com, pelo menos, 1h e meia de diferença entre os vôos, já que você estará enrolado com bagagem e entrevista.
Embarcada as malas, seu destino agora é Chicago. Você estará um pouco cansado, já que o vôo de SP a Flórida é de cerca de 8h. Para Illinois, são mais 3h. Você descerá no International O´Hare, outro aeroporto enorme.
Para fazer o trajeto até Wisconsin Dells, existem algumas pessoas que oferecem esse serviço. Dê uma pesquisada pelas comunidades no Orkut. O problema é que você precisa se juntar com mais umas 3 pessoas para a viagem não sair cara. Por outro lado, é um trajeto mais garantido se você não se sente muito seguro com o inglês. Outra opção é o Amtrak, a linha de trem dos EUA.
Por falar na Amtrak, ela é muito funcional e confortável. Para chegar no Amtrak de Chicago (táxi é caro), é preciso pegar o metro, a linha azul. Essa Blue Line está dentro do próprio O´Hare, só seguir as placas. Você terá que percorrer toda a linha azul, sem fazer nenhuma baldiação. Você descerá já na rua da estação e andará uns dois quarteirões até o prédio. As pessoas de Chicago são muito simpáticas, não negarão ajuda se precisar.
A viagem de Amtrak até Wisconsin Dells dura umas 5h e custa em torno de uns 35 dólares. Aliás, você precisará prestar atenção no horário de chegada em Chicago, já que é mais 1h até a estação e não tem trem para Dells depois de umas 4h da tarde.
Escrevi em uns posts atrás que a minha opção foi a de contratar alguém pra ir me buscar no Chicago O´Hare International. Acontece que todas as estradas da região estavam fechadas no dia que eu cheguei por causa de uma nevasca. Como já havia me programado antes e sabia da Blue Line, meu desespero não foi tão grande. hehe...fica a dica.
A propósito, o próximo post será sobre os meios de transporte nos EUA...

10/14/2010

Onde morar em Wisconsin Dells

Muitos dos empregadores do programa Work and Travel oferecem moradia para o participante no próprio contrato de trabalho. Já existem aqueles que não fornecem nem informações de lugares próximos. Para quem vai para Wisconsin Dells, pode começar a procurar por conta própria seu cantinho para se abrigar, já que quase nenhum empregador por lá oferece moradia própria.
No ano passado, os estudantes que lotaram Dells para o programa eram para trabalhar, geralmente, nos seguintes lugares: Kalahari Resorts, Wilderness Hotel and Golf Resort, Chula Vista Resort e Mount Olympus Resort. Desses, o único que ofereceu moradia no contrato foi o Mount Olympus, que
disponibilizava um alojamento com vários quartos para todos os seus participantes.
Para todos os outros, a dica é procurar algo perto do seu emprego, já que a neve vai dificultar tudo. Quem for para o Chula Vista e Mount Olympus, por exemplo, estarão no centro da cidade, em downtown. Já quem vai para o Kalahari estará perto da saída da cidade, enquanto que o Wilderness está na ponta oposta.
Os hoteis que Dells oferecem e que são seguros (pelo menos o ano passado não deram problema) é o Pine Aire Motel, indicado para quem for trabalhar no Wilderness. Nesse hotel sempre aconteciam as After Partys, local bem agitado. Existem ainda aqueles lugares que ficam no meio do caminho, como o Dell Creek Motel, que fica mais para o lado do Wilderness e também é viável para quem vá para os outros lugares, além do Malibu Inn, que fica no coração da cidade e é bom para quem vai para o Kalahari.
Para ficar perto do Wilderness, a melhor opção com certeza é o Sunset Bay Resort, onde eu morei. O hotel é lindo, cercado pelo Lake Delton congelado, em que íamos fazer fogueira quando a temperatura não estava muito baixa. A dona do hotel também é muito legal e sempre perdoava quando esquecíamos de pagar o aluguel no dia certo. O problema é que fica longe do Walmart.
Para reservar um dos quartos desses hotéis, basta entrar no próprio site do lugar e enviar um e-mail. Eles vão responder rapidinho, pedindo o nome das pessoas (geralmente são só 2 pessoas por quarto, mas no último mês moramos em 3 e ninguém percebeu hehe) e o quarto escolhido. Feito a reserva, vão pedir que você deposite uma quantia antes de sair do Brasil, que será devolvida no final do programa. No Sunset, esse valor era de 300 dólares, que nos foi devolvido um dia antes de partirmos, depois de uma rápida vistoria.
Além dos hotéis, também existem as casas, quem são para um número bem maior de pessoas. Vale a pena também dar uma circulada pelas comunidades do Orkut, pois sempre tem alguém oferecendo lugar, mas cuidado, já que todos os lugares vão pedir esse depósito prévio...

10/02/2010

Era uma vez um Taurus vermelho...

Tudo começou logo no primeiro dia em que chegamos em Wisconsin Dells. No fim do corredor do hotel onde morávamos existiam 2 equatorianos. Eles estavam se mudando pro Havai e precisavam vender algumas coisas, entre elas, um certo Taurus vermelho ano 96 que, segundo os equatorianos, "tiene un pequeño defecto".
Na primeira oferta do modelo, não aceitamos por causa desse "defecto": o carro tinha o câmbio quebrado (se vc quebrar um dia o câmbio do seu carro, se deu mal, pq é mto caro arrumar) e por isso não passava dos 30 km/h. Acontece que não tem como andar por mais de uns 20 min na neve. Não em Dells, que é toda cercada por lagos e que fica sem calçada nessa época do ano por causa da neve.
Vimos outros carros, todos na faixa de uns 700, 800 reais. Como a oferta final do Taurus foi de 300 dólares, não pensamos 2x e compramos o potente! E para a compra sair mais barata ainda, compramos o carro em 6 pessoas. Acontece que só cabe 5 pessoas em um Taurus...
Já que havia mais pessoas do que espaço no carro, criamos turnos. Eu e mais duas meninas não usávamos o carro para ir trabalhar porque o nosso setor era pertinho de casa, menos de 10 min de caminhada. Já os outros 3, que eram lifeguards e food do Hotel, usavam o carro para ir trabalhar. Compras de supermercado e outlet, fazíamos todos juntos, com o Taurinhos sobrecarregado. O duro era competir o espaço com o amiguinho do lado e com as sacolas que não cabiam no porta-malas. Não que tivéssemos muitas sacolas, mas às vezes a tampa do porta-malas congelava.
No começo, quando não conhecíamos direito a cidade, não víamos problema no limite de 30 km/h. Depois que nos apresentaram a outra parte da cidade, onde tinham as baladas e a região do comércio, começamos a ver que passávamos muito tempo dentro do carro para chegar nos lugares hahaha...depois de um tempo, porém, começamos a pegar o jeitinho do Taurus. Em certos pontos da cidade, por exemplo, alcançávamos uns 55 km/h na descida sem abusar do câmbio quebrado.
Um dos dias mais tristes em Dells, no entanto, foi a última semana. Precisávamos vender o carro. Anunciamos no trabalho e para os novos estudantes que estavam chegando na cidade (março começam a chegar os equatorianos e alguns europeus para nos substituir). Quando descobriam o problema do carro, desistiam na hora. Chegamos a oferecer o Taurus por 120 dólares e mesmo assim nada! Pensamos em vendê-lo pro ferro velho...acontece que o possante não conseguia chegar até o lugar porque era longe. E pra falar a verdade, acho que se conseguíssemos levá-lo até o cemitério dos carros, não teríamos coragem de deixá-lo lá.
Pegamos amor ao Taurus porque passamos muita coisa dentro dele. No dia 31 de dezembro, por exemplo, levamos uma multa às 20 pra meia noite pq estávamos em uma via em que a velocidade mín era de 40 km/h e pq os faróis estavam desligados (eu estava no volante nesse dia hehe). Tínhamos até apelidos pro Taurus: Donatelo (pq era uma tartaruga) e Vitiligo (pq ele era td desbotado, com algumas manchas brancas).
Fim da história: ninguém quis comprar o Taurus! Como não havia outro jeito, apagamos o nome de um
dos meninos, que foi quem fez o documento do carro, e deixamos o Ford lá, estacionado no meio da neve do Sunset Bay, nossa casa. A última lembrança que tenho de Dells é de eu e mais 3 dos donos do Taurus indo embora pra estação de trem e falando, de dentro do carro da carona; "Tchau Taurinhos!" Estávamos felizes pq íamos começar o nosso mês de turismo pelos EUA, mas tristes por ter que deixar o Taurus naquela situação...
Enfim, se alguém descobrir o que foi feito do nosso Vitiligo, deixa um recadinho aqui, por favor.

9/24/2010

Todos os Custos de um Work and Travel

Participar de um programa de Work and Travel é muito bom para quem quer sair e sem ter dor de cabeça para se bancar lá fora. Como eu já devo ter dito, o dinheiro que ganhamos nos trabalhos do programa rende grana para nos mantermos. O problema está antes de embarcar, quando temos que gastar com passaporte, visto, taxa para a empresa contratada e mais a passagem aérea. Bom, mas vamos falar em números.
Antes de mais nada, você terá que pagar a empresa que contratou para te arrumar um empregador norte americano e te ajudar com a parte burocrática. Hoje, para fazer um intercâmbio desse tipo, você terá que pagar uma taxa de inscrição de 100 dólares. Essa taxa te dá o direito de participar das entrevistas de trabalho. Se você for empregado, aí terá que pagar o valor do programa, que circula em torno de 1400 a 1600 dólares. Quanto mais cedo você começar a pagar esse valor, mais parcelas menores terá. Ainda existe uma tal de taxa Sevis de 35 dólares.
Quanto aos gastos fora da empresa, se você ainda não tem um passaporte, desembolsará cerca de 160 reais para tirar o modelo novo, o azul. Com o passaporte na mão, vem os custos com o visto americano. Para consegui-lo, é preciso pagar uma taxa ao consulado que vai variar de acordo com o câmbio do dólar. No ano passado, por exemplo, o meu visto ficou cerca de 400 reais.
Lá pelo mês de setembro aparece outro valor grande, porque é a hora de comprar a passagem aérea. O valor dela dependerá muito para o lugar que você irá morar. Se for morar na Flórida, a passagem para lá é uma das mais baratas, cerca de 800 dólares. Já se for morar no Havai, a de lá a mais cara. A minha, que foi para Chicago com escala em Miami, saiu por cerca de 1200 dólares, valor que eu dividi em 6x. Esse preço está incluído o desconto por sermos estudantes e é referente a ida/volta.
Depois de todas essas taxas e valores, o participante também deverá levar cerca de 800 dólares para gastos iniciais. Isso é preciso porque assim que você chega nos eua tem que pagar o primeiro mês de aluguel e ainda fazer uma compra inicial de supermercado, sendo que seu primeiro salário virá só dali uns 20 dias. Se você for morar em cidade grande, também terá que se preocupar com o valor do transporte.
Vale lembrar que a maioria desses valores que eu descrevi podem ser divididos em algumas vezes.

9/22/2010

O que rolava nos States na época do meu intercâmbio...

"Papa, paparazi..." nossa, ou vi mto essa música em janeiro. Fevereiro foi a vez de "don´t call my name, Alejandrooo", que eu cantava pro mexicano líder da minha equipe de housekeepers. Pois é, passei o Carnaval e o Ano Novo ouvindo Lady Gaga. Também ouvi mto Ke$ha, além da Miley Cyrus querendo fazer uma "Party in the USA".
Para o meu desespero (é, eu não gosto mto da menina), a Hannah Montana também visitava a minha tv E (!) meu rádio por causa do filme The Last Song, em que Cyrus é protagonista e dona da música tema.
Outra teen que tb estava sempre no radio e na tv era a Taylor Swift, que cantava em todo lugar que eu ía "Fifteen" e "You Belong with me", ou insistia em aparecer na televisão no trailer do Valentine´s Day (Idas e Vindas do Amor).
Aliás, o mês de fevereiro foi bem melado em Hollywood. Isso demonstra o quanto os norte americanos levam a sério o 14/02, Dia de São Valentim. Foi nessa data que começaram a circular os longas Dear John (Querido John) e o Remember Me (Lembranças), esse último com o Robert Pattinson.
Na televisão, estava em alta o programa com estilistas jovens Project Runway. Também tinha um reality show super barraqueiro que eu adorava! haha...O Jersey Shore, que reunia em uma casa no litoral de New Jersey oito ítalo-americanos, chamados de Guidos no país. O programa era da Mtv.
Por falar na Music Television, a rede é tão forte nos EUA que tem dois canais, a Mtv e a Mtv2. Essa segunda é quase que dedicada só a black music. A primeira, além do Jersey Shore, tinha outro programa que eu adorava, o The Buried Life.
Toda segunda feira à noite eu ficava uma hora assistindo os 4 meninos que tinham uma lista de sonhos diferentes para realizar. Sim, esse era a proposta do programa: What do you want to do before you die? Ou seja, o que vc quer fazer antes que morra? Um dos meninos tentou dar um beijo na mulher dos sonhos dele, a Megan Fox, o outro entrar de penetra numa festa da Mansão Palyboy, e assim por diante. O mais legal é que td episódio, além dos sonhos deles, eles também deveriam tentar realizar o pedido de pessoas anônimas. Um dos meus programas favoritos foi o que eles conseguiram reunir 4 velhos amigos que não se viam
tinha anos.
Pode parecer besteira, mas acho que todas essas músicas e programas que eu assistia e ouvia me ajudaram a formar uma imagem daquele país nunca antes pisado por mim.

9/13/2010

Can I help you?...a rotina de trabalho

Housekeeper, Dishwasher, Busser, Lifeguard, Slide Attendant...geralmente são essas as vagas de emprego disponíveis para um universitário que queira participar do Work and Travel Program, tb conhecido com Trabalho de Férias. Como deu pra ver, os trabalhos estão ligados a capacidade física de cada pessoa, e não intelectual. Logo, não vale ficar reclamando quando tiver 8 ou 9 banheiros para lavar em um dia só.
Das vagas apresentadas acima, eu fui Housekeeper e dishwasher, como já devo ter falado uns 2 postes atrás. Confesso que minha rotina de trabalho não era nada fácil. Entrava às 10h da manhã e só saía às 4h da tarde. Não tinha hora de descanso e tinha que comer algo (geralmente pão com manteiga de amendoim ou pedaço de pizza) em menos de 15 min. Existiram dias que cheguei a trabalhar de 10 a 11h num dia só.
Quanto aos dias de trabalho, eles vão variar conforme o mês e os feriados do país. Isso acontece porque esses trabalhos estão diretamente ligados com o turismo. Ou seja, pode esquecer feriado se você for trabalhar em hotel ou parques. Passei o dia 1 de janeiro, por exemplo, trabalhando das 9h da manhã até às 8h da noite, com um sono de matar porque tinha ido numa festa no dia anterior hehe. O mês de fevereiro e março, em compensação, tem baixo movimento.
E o dinheiro? Isso dependerá das horas de trabalho na quinzena. Eu cheguei a ganhar 500 dólares na segunda quinzena de Dezembro. Já na segunda quinzena de fevereiro meu paycheck não passou dos $220. Por falar no pagamento, como disse, ele geralmente é de 15 em 15 dias e na forma de paycheck, que deverá ser descontado no banco. Em Wis Dells, para poder trocar o paychek por dinheiro era preciso abrir uma conta nos EUA. Eu tinha uma conta e até uma poupança, onde guardava o dinheiro que utilizei num mochilão pelo país no fim do programa. Fechei a conta uma semana antes de deixar o país.
Vale lembrar que toda essa rotina de trabalho era regada com muita neve, o que, pra mim, piorava as coisas. Como eu trabalha em um resort de várias casas, restaurantes e um hotel, tinha que me locomover entre um espaço e outro, geralmente no meio da neve. As casas do resort Wilderness onde trabalhava
Disse no primeiro parágrafo que esse programa só oferece vagas de trabalhos "braçais". Sim, mas a velha esperteza sempre conta. Digo isso porque consegui várias horas de trabalho no próprio escritório do meu departamento, sentada na mesa do meu menager! Como consegui? Trabalhava em uma equipe em que a quase que todos eram mexicanos ou peruanos e não falavam o inglês bem. Foi aí que dei a ideia de uma cartilha em espanhol com todas as dicas, regras e deveres de cada trabalhador deveria saber. Cobrei pelo trabalho e passei cerca de uma semana traduzindo documentos do inglês pro espanhol ao invés de fazer o meu trabalho de costume.
Não me arrependo de nada e faria tudo de novo. Não me arrependo de nenhum prato esfregado, de nenhuma hora gasta em cozinha de restaurante cortando frutas, de nenhuma hora arrumando camas. Aprendi a fazer e aguentar coisas que não sabia que era capaz. Aprendi a ser mais humilde, menos chorona, a usar mais o "por favor" e a saber o valor quase que semiótico que existe por trás de cada centavo ganho com o seu trabalho. Tem ainda todas as pessoas que me ajudaram ou que me apontaram o dedo e disseram "faça o trabalho melhor!", enfim, todas aquelas que me ensinaram algo. Mas deixa isso pra um próximo poste porque elas não caberiam aqui.

A vida em Dells

Quando embarquei pros EUA, o ano passado, o objetivo era o de fazer desse blog um diário eletrônico de todas as minhas experiências. Acontece que levei o bom e velho caderninho de capa dura e acabei substituindo o notebook pelas folhas de papel.
Um mês atrás, no entanto, comecei a receber e-mails de pessoas desconhecidas que também vão morar no estado de Wisconsin no fim desse ano e me pediram que atualizasse o blog. Foi aí que resolvi revirar a caixa de madeira de revistas do meu quarto e ler pela primeira vez o meu "caderno de viagem". Deu pra relembrar umas boas histórias e chorar um pouquinho de saudade.
Bom, mas vamos falar da cidade de Wisconsin Dells. Infelizmente, não conheço a cidade com clima quente, pois morei lá só durante o inverno. Pra quem for morar lá durante essa estação, se prepare, porque em janeiro, o mês mais frio do ano, pode chegar a fazer -35°C. Durante todo mês e começo de fevereiro, eu só usei galochas e botas de neve, todas compradas baratinho (cerca de 20 dólares)no Wallmart.
Por falar em comprar, o Wallmart é o que há nos EUA. Lá você compra desde um miojo por 20 cents, até uma luva térmica para enfrentar o frio por $5 ou um xarope para a gripe (nos eua é permitido vender remédio em supermercado). Além disso, a variedade é enorme. O mais legal é que dá pra ir vestido de qualquer jeito no supermercado. Eu já cheguei ir de pijama e ninguém reparou em mim. Só pra dar uma conferida e ver como as pessoas vão no Wallmart: http://www.peopleofwalmart.com/
Quanto ao custo de vida norte americana, varia muito. Isso acontece por causa que a taxa de impostos muda de Estado para Estado. O esquema é assim: o produto trás um preço x na etiqueta. Em cima desse preço, será somado uma porcentagem equivalente a taxa de imposto do Estado em questão. Wisconsin e Hawaii são um dos estados mais baratos, que tem apenas 6% de imposto. Já em Illinois, por exemplo, a taxa é de 11%.
No que diz respeito a própria Wisnconsin Dells, era tão baixo o custo de vida lá que eu gastava cerca 650 dólares por mês com tds as contas pagas (aluguel da casa, comida e gasolina pro carro). E o dinheiro pras baladas? Ah, a noite em Dells se resumi assim: Segunda feira, jogar boliche com os amigos em downtown. A cerveja lá é barata e o jogo sai uns $4 por pessoa. Terça feira, dia de Monk´s Bar, um sportbar bom pra sentar no balcão e assistir um jogo nos vários telões do bar. Quinta feira, dia de balada no Carvelli´s. Tem uns drinks legais e mulher bebe de graça. Também fica em downtown. Sexta e sábado, dias de Marleys Club! A balada lá só toca hip hop, reggae e black music. Desses, o que eu mais ía era o Carvelli´s. Passei ano novo e carnaval lá. O chato é que as baladas fecham por volta de 2h da manhã. O pior é que é assim nos EUA inteiro, só em Las Vegas que não! Mas aí já é outro capítulo...